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UFRN recebe registro de simulador que ajuda em diagnóstico de dislexia infantil

Foto: Divulgação/UFRN

Um simulador virtual de leitura desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)  usado para identificar sintomas da dislexia em crianças recebeu na terça-feira (3) o registro definitivo relativo ao Programa de Computador correspondente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Denominado LEVI, o projeto compreende a criação de um aplicativo web e mobile completo. O programa inclui simuladores para o pré-diagnóstico, exibição de imagens e áudios, quizzes com questionários, controle de acessos e resultados. Professora de fonoaudiologia na UFRN e uma das desenvolvedoras do produto, Cíntia Alves Salgado Azoni pontua que o dispositivo foi elaborado em um formato de gameficação, para ver se a pessoa consegue identificar realmente se aquele perfil é de uma pessoa com dislexia ou não.

Pesquisadora explica o simulador

“Há áudios sobre o histórico daquela pessoa e áudio da pessoa lendo. Tem casos de crianças, adolescentes e adultos, com e sem dislexia. O usuário vai responder no final para ver se ele sabe identificar se aquela leitura é de uma pessoa com ou sem dislexia. Ele funciona como um game mesmo, e pode ser um game em que a pessoa vai ter a pontuação dela, a partir dos casos em que ela for entrar e tentar jogar. Pode também ter o uso coletivo, em uma sala de aula onde todo mundo faz individualmente e tem um ranking no final. Então ele foi pensado para o ensino e para envolver até mesmo a família, pois permite ver se o perfil de uma criança daquela idade é parecido com o do filho, até para levantar o sinal de risco de dislexia”, explica a docente.

O LEVI é uma iniciativa que faz parte do Programa de Apoio à Melhoria da Qualidade do Ensino de Graduação (PAMQEG) e envolveu também como autores Francisco Rubens Silva Costa e Luiza Eduarda Bezerra dos Santos. Eles falam que a motivação que está por trás do desenvolvimento do aplicativo foi a observação de que os alunos de fonoaudiologia tinham dificuldade em saber o perfil de leitura de uma pessoa com dislexia ou de qualquer criança com idades diferentes, em anos escolares distintos.

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Estatísticas sobre dislexia no Brasil

No Brasil, o Instituto ABCD estima que aproximadamente 4% da população possui dislexia. Entre alunos do mundo todo, ela é apontada como o transtorno com maior incidência, atingindo de 5 a 17%. Para incluir crianças com dislexia – e outros tipos de transtornos – a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) prevê que todos os matriculados em educação especial tenham direito ao Atendimento Educacional Especializado (AEE).

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