A cápsula problemática da Boeing, Starliner, que deixou dois astronautas “presos” na Estação Espacial Internacional (ISS), voltou à Terra neste sábado (7), pousando no deserto do Novo México, nos Estados Unidos.
Suni Williams e Butch Wilmore ficariam oito dias no espaço, mas agora permanecem na base espacial até fevereiro de 2025, enquanto a cápsula voltou sozinha para a Terra.
A Starliner enfrentou diversos problemas com seu sistema de propulsão, o que levantou dúvidas na Nasa e levou à decisão de deixar os astronautas na ISS.
Retorno à Terra em seis horas
A Starliner começou o retorno à Terra às 19h, horário de Brasília, quando a nave desacoplou da ISS e, seis horas depois, voltou ao solo, sendo recebida pelas equipes da Boeing e da Nasa, no Novo México.
A cápsula aparentemente voltou sem problemas. Para desacelerar e pousar, a Starliner usou uma série de paraquedas e inflou um conjunto de airbags antes do contato com o solo.
Nasa priorizou a segurança
Segundo o administrador da Nasa, Bill Nelson, o objetivo de retornar com a cápsula à Terra sem tripulantes foi por “compromisso com a segurança”.
Mesmo com a insistência da Boeing de que a Starliner estava segura, a Nasa avaliou muitos riscos para retornar com a cápsula tripulada e optou pelo retorno sem passageiros.
“Não foi uma decisão fácil, mas é absolutamente a correta”, disse Jim Free, administrador associado da Nasa.
Volta só em fevereiro
Está prevista uma missão regular da SpaceX, a Crew-9, que vai decolar no fim deste mês, com apenas dois astronautas a bordo, para resgatar Williams e Wilmore.
A missão permanecerá na ISS até fevereiro do ano que vem, trazendo de volta os astronautas que estavam na cápsula da Boeing.