O Brasil voltou a ser reconhecido como país livre do sarampo nesta terça-feira (12), recebendo a recertificação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS). O certificado foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à ministra da Saúde, Nísia Trindade. A última certificação havia sido concedida em 2016, mas a baixa cobertura vacinal permitiu a reintrodução do vírus em 2018. Com o esforço renovado, as Américas retomam seu status como região livre de sarampo endêmico.
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Para alcançar a recertificação, o Brasil implementou um plano abrangente, com investimentos na vacinação em áreas de difícil acesso, busca ativa de casos suspeitos e a realização de “Dias S” de combate ao sarampo. Oficinas de resposta rápida e cursos de manejo clínico também foram promovidos em parceria com a UNASUS. Desde 2023, o governo federal investiu mais de R$ 724 milhões em vigilância em saúde, imunização e oficinas para fortalecer a cobertura vacinal e a prevenção em todos os municípios.
O sarampo é uma doença viral grave e altamente contagiosa, que pode causar complicações fatais, especialmente em crianças não vacinadas. O risco de reintrodução nas Américas continua elevado devido ao surto crescente em outras regiões do mundo, como na Europa. A Opas/OMS também enfatiza a necessidade de manter a cobertura vacinal robusta para prevenir novos surtos.
No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e o Movimento Nacional pela Vacinação têm sido fundamentais para o avanço na cobertura vacinal. Em 2023, a adesão à tríplice viral, vacina que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, aumentou para 88,4% na primeira dose, e em 2024 já atinge 92,3%. A vacinação segue recomendada em duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos e em dose única para adultos até 59 anos.
A recuperação da certificação marca o compromisso do Brasil em fortalecer seu sistema de saúde e garantir que o sarampo continue controlado.