O guitarrista do Titãs, Tony Bellotto, de 64 anos, foi diagnosticado com tumor no pâncreas. Pelas redes sociais, o artista gravou um vídeo explicando mais sobre o assunto e disse que precisará se afastar dos palcos para passar por uma cirurgia.
“Logo que eu me recuperar vou retomar os shows e as minhas atividades profissionais, então desde já eu quero agradecer os pensamentos, palavras e mensagens de apoio e carinho e pedir que vocês não sofram, sem drama. Eu estou tranquilo, confiante, enfrentando tudo com coragem e dignidade”, disse.
Ele não mencionou se o tumor é maligno ou benigno, mas a cirurgia costuma ser o único tratamento com potencial de cura nos estágios iniciais (I e II) de câncer na região do pâncreas. Se o câncer já tiver se espalhado pelo corpo (III e IV), a indicação é radioterapia ou quimioterapia, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).
Em caso de doença benigna, o tumor não tem crescimento cancerígeno e a doença não tem potencial de se espalhar para outras partes do corpo.
Câncer de pâncreas é agressivo e de difícil detecção
Marcelo Resende, Patrick Swayze, Steve Jobs, Luciano Pavarotti e Aretha Franklin. Todos eles morreram por câncer de pâncreas. Em 2020, 466 mil pessoas faleceram devido à doença no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a doença é causa da morte de 12 mil pacientes por ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
O Hospital Albert Einstein aponta que a alta taxa de mortalidade da doença se deve ao fato de ser de difícil detecção, o que leva, em geral, a um diagnóstico tardio, e ao comportamento agressivo desse tipo de tumor.
A SBCO informa que o diagnóstico é feito por exames de imagem, de sangue e, em algumas situações, necessita biópsia. “Infelizmente não existe uma maneira de fazer preventivamente o rastreamento e o diagnóstico”, aponta.
Segundo o Einstein, o tabaco aparece como principal fator de risco para o surgimento desse tipo de câncer.
Branco Mello, do Titãs, teve câncer na garganta
Branco Mello, que é vocalista e baixista do Titãs, além de ser companheiro de Bellotto, enfrentou câncer nas regiões da laringe e amígdala em 2018. A última cirurgia para a retirada de um tumor foi em agosto de 2024, onde o integrante do Titãs refez exames e viu que não tem mais nenhum tumor. Os resultados saíram em novembro do ano passado e ele comemorou pelas redes sociais, ao lado da esposa, Ângela Figueiredo
