Os rins são os órgãos responsáveis pela filtração do sangue, eliminando toxinas produzidas durante as diversas reações químicas do corpo. Preservar essa função é essencial para a saúde. E eles podem ser atingidos por infecções urinárias –chamadas de pielonefrite.
Pielonefrite é uma infecção bacteriana que atinge um ou ambos os rins e seus tecidos adjacentes. Pode surgir de forma súbita (aguda) ou repetitiva (crônica). Quando não tratada adequadamente, pode causar septicemia (infecção generalizada) e levar à morte. Mesmo em sua forma aguda, pode deixar sequelas permanentes se negligenciada. Já na forma crônica, infecções repetidas ou mal tratadas causam cicatrizes no tecido renal, podendo levar à perda progressiva da função dos rins.
Geralmente, a infecção ocorre quando bactérias presentes na bexiga sobem até os rins pelos ureteres. O corpo tem mecanismos naturais de defesa, como o fluxo contínuo de urina e válvulas que impedem o refluxo, mas em alguns casos as bactérias conseguem ultrapassá-los.
Quem está mais suscetível à pielonefrite?
Algumas condições aumentam o risco de desenvolver a infecção:
Bexiga neurogênica;
Cálculos renais;
Presença de cateteres;
Diabetes mellitus;
Sistema imunológico enfraquecido;
Refluxo vesico-ureteral;
Próstata aumentada.
Os sinais mais comuns da pielonefrite incluem:
Febre alta;
Tremores e calafrios;
Dor intensa na região lombar;
Ardência ao urinar;
Urina turva ou com odor forte;
Sangue ou pus na urina;
Vontade frequente de urinar;
Náuseas, vômitos e mal-estar geral;
Confusão mental (especialmente em idosos);
Queda de pressão arterial.
Diagnóstico e tratamento
Na presença desses sintomas, o atendimento médico deve ser imediato. Além do exame físico e da avaliação clínica, são solicitados:
Exames de urina (tipo 1 e urocultura com antibiograma);
Hemograma completo e provas inflamatórias;
Exames de função renal (ureia, creatinina, cistatina C);
Exames de imagem (ultrassom, tomografia ou ressonância).
O tratamento deve começar rapidamente, com antibióticos de amplo espectro, mesmo antes do resultado da urocultura. Depois, a medicação pode ser ajustada conforme o germe identificado. Em até 90% dos casos, a bactéria envolvida é a Escherichia coli.
Casos mais graves, com infecção disseminada ou complicações, podem exigir internação hospitalar para tratamento venoso.
Como prevenir a pielonefrite
Algumas medidas simples podem ajudar a evitar a infecção:
Beber bastante água diariamente;
Esvaziar a bexiga com frequência;
Urinar após relações sexuais;
Não se automedicar;
Higiene adequada após evacuação (sempre de frente para trás);
Em gestantes, atenção redobrada a qualquer sintoma urinário.
Com informações do SBT News
