O Festival Povos da Floresta estreia no dia 29 de maio de 2025, em Porto Velho (RO), com o propósito de celebrar a diversidade amazônica e valorizar as expressões culturais dos povos indígenas e comunidades tradicionais. A iniciativa, que conta com apoio da Lei Rouanet, percorrerá cinco capitais: Porto Velho, Boa Vista, Macapá, Belém e Brasília.
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De início, o festival busca descentralizar a produção artística e dar visibilidade a criadores da Amazônia Legal. Segundo Aline Moraes, diretora executiva do projeto, a Lei Rouanet é essencial para viabilizar a estrutura do evento e a remuneração digna dos artistas. “Sem essa lei, esse festival simplesmente não aconteceria”, afirma.
Além disso, a programação inclui exposições, mostras audiovisuais, oficinas, apresentações musicais e rodas de conversa. Tudo isso cria um ambiente de trocas entre linguagens tradicionais e contemporâneas.
A exposição Juvia, que leva o nome de uma semente amazônica, marcará a abertura do evento. Ela reúne obras de artistas indígenas, quilombolas, ribeirinhos e urbanos, criando pontes entre diferentes vivências e narrativas.
Conforme a curadora Rosely Nakagawa, a mostra busca promover o intercâmbio cultural e gerar empatia entre os públicos das capitais e os criadores da floresta. O chamamento público do festival recebeu inscrições diversas: mais de 60% dos participantes são mulheres e 85% se autodeclaram pretos, pardos, indígenas ou de comunidades tradicionais.
Apresentado pela Petrobras, o Festival já arrecadou R$ 3,47 milhões dos R$ 5,83 milhões autorizados pela Lei Rouanet, mostrando forte adesão de patrocinadores à causa.
