Projetos antifraude do INSS serão prioridade na Câmara dos Deputados a partir desta segunda-feira (19), conforme anunciou o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). A medida visa combater as recentes fraudes que atingiram aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
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Em publicação nas redes sociais, Motta comunicou aos líderes partidários que pretende pautar a urgência de propostas voltadas à proteção dos beneficiários. “Esse tema, que é urgência para milhões de brasileiros, é urgência para a Câmara dos Deputados”, escreveu o parlamentar.
Pouco depois do anúncio, a Câmara divulgou a pauta da semana. Os trabalhos no plenário recomeçam na terça-feira (20), após uma semana de paralisação. O primeiro item a ser analisado é um requerimento de urgência para o projeto de lei que proíbe descontos não autorizados em benefícios do INSS.
Projeto responde a esquema que desviou R$ 6,3 bilhões
Segundo a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União, o golpe no INSS desviou cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Como resultado, o governo liberou um sistema de consulta para que segurados detectem cobranças suspeitas e solicitem reembolso. Até agora, mais de 1,34 milhão de pessoas já contestaram valores.
Além disso, a oposição pressiona pela criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o caso. O pedido segue sob análise do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Nos bastidores, o movimento de Hugo Motta é interpretado como uma estratégia para evitar críticas e mostrar agilidade diante da crise. Afinal, a Câmara quer mostrar que está do lado da população, especialmente dos mais vulneráveis.
