Venezuelanos votam neste domingo (25) para escolher deputados, governadores e outros representantes em meio a denúncias de repressão e apelos da oposição por boicote. Esta é a primeira eleição com ampla participação desde a controversa disputa presidencial do ano passado, vencida por Nicolás Maduro.
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O clima no país, no entanto, está longe da normalidade democrática. Apenas dois dias antes do pleito, o governo prendeu dezenas de pessoas, incluindo um líder oposicionista, acusando-os de conspirar contra o processo eleitoral.
Logo após a abertura das urnas, poucos eleitores estavam presentes no maior centro de votação de Caracas. O cenário contrastava fortemente com as longas filas vistas na eleição presidencial de julho. Ao mesmo tempo, o aumento da presença policial nas ruas era evidente.
A oposição sustenta que participar do processo legitima um governo autoritário. Desde julho, mais de 2 mil pessoas foram presas, incluindo manifestantes, ativistas e até menores de idade. Por outro lado, o partido de Maduro já se declara vencedor, como em outras eleições regionais anteriores, mesmo com baixa participação popular.
Segundo pesquisa do instituto venezuelano Delphos, apenas 15,9% dos eleitores demonstravam alta probabilidade de votar. Destes, 74,2% declararam intenção de apoiar o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
Além disso, o governo instalou uma governança sobre Essequibo, região disputada com a Guiana, e submeteu sua administração ao pleito. O Conselho Eleitoral Nacional, controlado por aliados de Maduro, supervisiona todo o processo.
