Entrou em vigor nesta segunda-feira (9) a proibição de entrada de cidadãos de 12 países nos Estados Unidos. O decreto foi assinado pelo presidente Donald Trump com o objetivo de reforçar a segurança nacional e combater ameaças terroristas.
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A nova medida atinge cidadãos do Afeganistão, Birmânia, Chade, Congo-Brazzaville, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. De acordo com o texto oficial, esses países falham em garantir sistemas eficazes de verificação de identidade e controle de vistos.
Além disso, o governo norte-americano acusou Irã, Líbia e Somália de ligação com atividades terroristas. O decreto também impõe restrições parciais à entrada de cidadãos de Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela.
Críticas à política de imigração dos EUA
O presidente Trump justificou a proibição de entrada como uma medida de proteção ao povo americano. Segundo o decreto, “é dever do presidente tomar medidas para garantir que aqueles que procuram entrar em nosso país não prejudiquem o povo americano”.
Entretanto, a decisão foi amplamente criticada por entidades internacionais. O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, alertou para violações ao direito internacional. Ele apontou o “escopo muito amplo e geral” do decreto como motivo de preocupação.
A Anistia Internacional também condenou a medida, classificando-a como “discriminatória, racista e absolutamente cruel”. Grupos de defesa dos direitos humanos destacaram o impacto da decisão sobre famílias e comunidades que dependem da imigração legal.
Desde que assumiu a presidência, Trump vem intensificando sua política anti-imigração. O republicano já reduziu os compromissos com solicitantes de asilo, ampliou a detenção de imigrantes e aumentou as deportações. O novo decreto consolida essa linha de atuação, gerando polêmica em nível global.
Com informações do SBT News