Israel ataca centrífugas de enriquecimento de urânio no Irã, durante bombardeios realizados na madrugada desta quarta-feira (18). Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), o alvo principal foi uma instalação em Teerã, responsável por produzir centrífugas que estariam enriquecendo urânio acima de 60%. Esse índice ultrapassa os níveis necessários para fins civis.
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Israel alega que o Irã está próximo de obter material suficiente para produzir armas nucleares. Por isso, segundo os militares, os ataques visaram “prejudicar amplamente o programa nuclear iraniano”. Além das centrífugas, os bombardeios atingiram locais de fabricação de componentes para mísseis terra-terra e terra-ar.
Nova ofensiva israelense gera resposta e alerta global
Ao todo, mais de 50 caças da Força Aérea de Israel participaram da operação. Simultaneamente, o Irã retaliou com ataques ao norte de Israel. Sirenes soaram em várias cidades, alertando para a entrada de aeronaves hostis no território. O exército israelense acionou os sistemas de defesa para conter as ameaças, pedindo que os civis permanecessem em áreas protegidas.
Desde o início do conflito, na última quinta-feira (12), os ataques têm se intensificado. O bombardeio de hoje marca a terceira ofensiva direcionada a infraestruturas nucleares iranianas, como a central de Natanz. Além disso, o ataque resultou na morte de três militares iranianos e do general Ali Shadmani, chefe do Estado-Maior de Guerra.
Como resultado, o número de mortos já passa de 200 no Irã e 24 em Israel. A escalada preocupa entidades como a ONU e o G7. O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez novo apelo por cessar-fogo e defendeu o uso da diplomacia como caminho imediato.
