O Pentágono afirmou que o programa nuclear do Irã foi atrasado em até dois anos devido aos ataques norte-americanos contra as três usinas do país. A nova estimativa, revelada na quarta-feira (2), diverge do que é defendido por integrantes do alto escalão do governo, incluindo pelo presidente Donald Trump, que os locais foram obliterados — isto é, destruídos completamente.
“Nós atrasamos o programa deles em um ou dois anos. Pelo menos avaliações de inteligência dentro do Departamento [de Defesa] indicam isso”, disse o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell. “Vimos, entre nossos aliados, eles parabenizando os Estados Unidos, o presidente, por essa operação ousada e a ideia de que a ação americana no Irã estabeleceu as condições para a estabilidade global”, acrescentou.
A declaração de Parnell vai de encontro à avaliação do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, que estima que o Irã poderá voltar a enriquecer urânio em “questão de meses”. Segundo ele, não há como confirmar a destruição das bases de Fordow, Isfahan e Natanz, sobretudo agora, já que o Irã suspendeu a cooperação com a agência – responsável por fiscalizar os programas nucleares.
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