Dados inéditos do Censo 2022 mostram que 126.620 pessoas vivem em Unidades de Conservação no RN, o que representa 3,83% da população total do estado. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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A Área de Proteção Ambiental (APA) Bonfim/Guaraíra concentra a maior parte dos moradores, com 72.035 pessoas. Em seguida, aparece a APA Piquiri-Uma, com 43.423 residentes. As Unidades de Conservação (UC’s) são espaços territoriais com importância ambiental, instituídos por lei para garantir a proteção dos recursos naturais.
No total, o estado conta com nove UC’s com moradores identificados, entre elas a APA de Jenipabu, a Floresta Nacional de Nísia Floresta e o Parque Natural Municipal Dom Nivaldo Monte, em Natal.
Nísia Floresta lidera entre os municípios
Nísia Floresta é o município potiguar com maior número de moradores em UC’s: 29.356 pessoas, o que representa 91% da população local. São José de Mipibu aparece em segundo lugar, com 26.739 residentes, seguido por Goianinha (12.864), Tibau do Sul (11.478) e Pedro Velho (11.467). Em Natal, apenas 36 pessoas vivem em áreas protegidas. Já Parnamirim, Mossoró e São Gonçalo do Amarante não registraram moradores em UC’s.
Entre os residentes nas Unidades de Conservação no RN, a maioria é do sexo masculino (50,4%). Em relação à raça e cor, 56,5% são pardos, 32,2% brancos, 10,3% pretos, 0,8% indígenas e 0,2% amarelos. O estado também abriga 1.327 indígenas e 550 quilombolas vivendo nessas áreas protegidas.
RN é o 18º no Brasil em moradores em UC’s
O Rio Grande do Norte ocupa a 18ª posição entre os estados brasileiros com mais pessoas vivendo em UC’s e o 9º lugar no Nordeste. No país, 11,8 milhões de brasileiros vivem nessas áreas, sendo 4,4 milhões apenas na região nordestina. O Maranhão e a Bahia lideram o ranking regional, com mais de 1 milhão de moradores cada.
Segundo a superintendente estadual do IBGE no RN, Fabiana Fábrega de Oliveira, esta é a primeira vez que o instituto coleta dados detalhados sobre quem vive em Unidades de Conservação. “A nova base de dados contribui para que os gestores do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) tomem decisões mais eficazes”, afirmou.
