O Brasil está em fase avançada no desenvolvimento do primeiro submarino nuclear, um marco inédito na América Latina. A construção representa um passo estratégico para as Forças Armadas e pode colocar o país em um seleto grupo de nações com alta capacidade militar e tecnológica.
Em Iperó, no interior de São Paulo, uma área de 8,5 quilômetros quadrados abriga alguns dos principais segredos de defesa e avanços tecnológicos nacionais. O local é o Centro Industrial de Aramar, pertencente à Marinha do Brasil. Ali, técnicos e militares desenvolvem o reator – ou seja, o motor – que equipará o submarino nuclear brasileiro, cuja construção está prevista para ocorrer na próxima década, em Itaguaí, no Rio de Janeiro.
Além do impacto na defesa regional, o projeto fortalece as ambições diplomáticas do Brasil, especialmente no que diz respeito à intenção de se tornar membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.
O submarino será movido a urânio, permitindo longos períodos de operação no mar sem necessidade de reabastecimento. O Brasil domina a tecnologia de enriquecimento de urânio há 42 anos. O processo começa com a conversão do mineral bruto em gás e segue com o enriquecimento em centrífugas de alta rotação, aumentando a capacidade energética.
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