A Justiça de São Paulo decretou, na sexta-feira (1), a prisão preventiva dos 60 suspeitos detidos durante a operação que desarticulou uma central clandestina de golpes conhecida como golpe da CNH. A decisão partiu do juiz Cristiano Cesar Ceolin, da 44ª Circunscrição Judiciária de Guarulhos.
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De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha operava como um call center profissional, com atendentes treinados, scripts de atendimento e estrutura empresarial. A investigação começou após uma vítima relatar, via WhatsApp, uma tentativa de fraude envolvendo a falsa renovação da Carteira Nacional de Habilitação.
Golpe da CNH funcionava como call center fraudulento
Além do golpe da CNH, os criminosos também ofereciam falsas renegociações de juros em financiamentos e simulavam contratos fraudulentos de empréstimos. Conforme a investigação avançou, ficou evidente que o grupo agia de forma organizada e estruturada, utilizando dados pessoais das vítimas para enganá-las com propostas aparentemente legítimas.
A operação, coordenada pela Polícia Civil, apreendeu diversos equipamentos de informática, celulares e anotações com roteiros de abordagem. Também foram encontrados documentos que indicam a extensão dos golpes em vários estados do país.
Segundo o juiz responsável, havia fortes indícios de que os acusados poderiam continuar cometendo crimes ou atrapalhar a investigação, o que justificou a conversão das prisões em flagrante para prisão preventiva.