O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o caso da perseguição armada envolvendo a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) seja incluído no pedido de extradição enviado à Itália. A parlamentar segue presa no Complexo Penitenciário de Rebibbia, em Roma, enquanto aguarda decisão da Justiça italiana.
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A nova acusação se refere ao episódio ocorrido às vésperas do segundo turno das eleições de 2022, quando Zambelli foi filmada correndo atrás de um homem com uma arma em punho, em via pública, em São Paulo. Até então, o pedido de extradição se baseava apenas na condenação por falsidade ideológica e invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
STF reforça extradição com crimes com arma
Segundo o STF, a ação referente aos crimes com arma estava paralisada desde março, após pedido de vista do ministro Nunes Marques. No entanto, com a liberação do processo para julgamento, Gilmar Mendes solicitou a inclusão do caso no pedido de extradição. Mesmo sem conclusão formal do julgamento, já há maioria formada no STF pela condenação da parlamentar.
Além de Gilmar Mendes, votaram a favor da condenação os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Dias Toffoli. Zambelli alegou ter porte legal da arma, mas Gilmar ressaltou que a autorização não justifica a perseguição a civis em via pública.
Durante a audiência de custódia, a deputada se declarou inocente, afirmou estar sendo perseguida politicamente e disse que não pretende retornar ao Brasil. Sua defesa pretende recorrer à Justiça italiana para tentar evitar a extradição.
