O combate ao colesterol alto é o foco do Dia Nacional de Conscientização, celebrado em 8 de agosto. A data busca alertar a população sobre os riscos do acúmulo de gordura nas artérias, que pode provocar infarto e AVC. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 40% dos brasileiros têm colesterol elevado — fator ligado a 400 mil mortes por ano por doenças cardiovasculares.
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De acordo com o cardiologista Gustavo Torres, do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN/Ebserh), o colesterol é essencial para funções vitais do corpo, mas seu excesso representa risco sério à saúde. “Ele pode se acumular nas artérias e levar à doença aterosclerótica”, explica.
A condição geralmente não apresenta sintomas, sendo detectada apenas por meio de exames laboratoriais. A recomendação é que a população em geral realize o teste ao menos uma vez por ano. Quem tem histórico familiar de colesterol alto deve iniciar o acompanhamento ainda na infância.
Segundo o médico, sinais visíveis são raros, mas podem aparecer como acúmulo de gordura ao redor dos olhos. “Há uma tendência genética em muitos casos. É preciso vigilância redobrada para quem tem familiares com dislipidemia”, reforça.
Alimentação e exercícios são aliados na prevenção
Entre os fatores de risco estão alimentação rica em ultraprocessados, excesso de carboidratos e sedentarismo. “Recomenda-se uma dieta equilibrada, com frutas, verduras e carnes brancas, além da prática regular de atividade física”, orienta o especialista.
O Huol oferece atendimento especializado para pacientes com colesterol elevado, especialmente nos casos mais graves, por meio do Departamento de Endocrinologia e com suporte multiprofissional via SUS. O acesso se dá por regulação municipal.
“Todos nós precisamos saber o nosso nível de colesterol. Adotar hábitos saudáveis melhora não só os índices, mas também a qualidade de vida”, conclui Gustavo Torres.
