Neste domingo (17), Bolívia vai às urnas para escolher o próximo presidente e renovar o Parlamento composto por 130 deputados e 36 senadores. Os candidatos da direita aparecem como favoritos nas pesquisas, mas os 23% de votos indefinidos, entre brancos, nulos e indecisos, mantêm o pleito em aberto.
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Logo, o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga lidera a disputa, seguido por Samuel Doria Medina. Ambos representam a direita boliviana em diferentes espectros: um mais radical e outro mais moderado. Por outro lado, os principais candidatos da esquerda enfrentam dificuldades após a divisão no Movimento ao Socialismo (MAS), partido que governou o país nos últimos 19 anos.
Bolívia vai às urnas em meio a incertezas políticas
Certamente, a fragmentação do MAS enfraqueceu a esquerda. Andrónico Rodríguez, presidente do Senado, e Eduardo del Castillo, ex-ministro de Luis Arce, aparecem atrás nas pesquisas. A ausência de Evo Morales no pleito, somada às críticas ao atual governo, ampliou a crise dentro do partido.
Além disso, a participação de Quiroga reacende pautas polêmicas. Ele promete cortar gastos públicos com um “plano motosserra”, aproximar o país de Chile e Argentina para explorar o lítio e rever a atuação da Bolívia no Mercosul. Já Medina, empresário e ex-candidato, defende estabilizar a economia em 100 dias, enfrentando o déficit fiscal superior a 10%.
Pesquisadores apontam que o eleitorado rural e os indecisos podem alterar o cenário. Como mencionado anteriormente, a Bolívia tem histórico de pesquisas imprecisas, o que aumenta o suspense.
