O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), através da 2ª Promotoria de Justiça de Parnamirim, e o Sistema Ponta Negra de Comunicação firmaram uma parceria para divulgar uma campanha voltada à adoção de adolescentes e crianças com deficiência ou questões de saúde. A iniciativa busca aumentar a visibilidade desses perfis, que têm baixa procura no Sistema Nacional de Adoção (SNA).
A CEO do Sistema Ponta Negra, Micarla de Sousa, participou da reunião e confirmou o apoio da emissora na divulgação da campanha.
Segundo a promotora de Justiça da Infância e Juventude de Parnamirim, Gerliana Rocha, o SNA permite que pretendentes à adoção indiquem o perfil desejado, como idade, sexo e ausência de doenças. Quando uma criança é cadastrada, o sistema procura pretendentes conforme o perfil, priorizando primeiro o município, depois o estado e, por fim, todo o país. Entretanto, casos envolvendo adolescentes ou crianças com deficiência têm baixa adesão, mesmo após buscas nacionais e internacionais.
A promotora de Justiça citou o exemplo de um bebê com síndrome de Down que não encontrou pretendentes em nenhum estado do país, nem no exterior. Ela também relatou a dificuldade de adoção de uma criança de 11 anos com deficiência, ressaltando que a maioria dos pretendentes opta por crianças mais novas.
Desde 2022, o SNA permite a inclusão de fotos e vídeos das crianças com maior dificuldade de colocação em família, para sensibilizar possíveis adotantes. Contudo, de acordo com Gerliana Rocha, o Rio Grande do Norte teve apenas três adoções por esse meio.