O BNDES lança edital Bacia do Rio Xingu 2 nessa sexta-feira (5), Dia da Amazônia, oferecendo até R$ 6,3 milhões para apoiar até seis projetos de restauração ecológica. Os recursos provêm do Fundo Socioambiental do BNDES e de parceiros privados: Grupo Energisa, Norte Energia S/A e Fundo Vale. O objetivo é recuperar áreas degradadas e gerar emprego e renda para comunidades locais. O prazo para envio das propostas vai até as 18h do dia 7 de novembro.
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Os projetos devem focar em áreas de Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente (APP), Reserva Legal (RL) em imóveis rurais de até quatro módulos fiscais, assentamentos de reforma agrária, territórios indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais. Além disso, o engajamento das comunidades precisa ser prioridade, garantindo que os projetos beneficiem diretamente os habitantes locais.
Floresta Viva e parceria com Funbio
O Floresta Viva forma parcerias para apoiar projetos de restauração ecológica nos biomas brasileiros, incluindo espécies nativas e sistemas agroflorestais (SAFs). Até o momento, o programa mobilizou cerca de R$ 460 milhões, sendo metade proveniente do Fundo Socioambiental do BNDES e o restante de parceiros públicos e privados. O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) atua como gestor, organizando editais e repassando os recursos aos projetos selecionados.
“Ao financiar e capacitar projetos locais, fortalecemos toda a cadeia da restauração – desde coletores de sementes até as comunidades que farão a floresta voltar a crescer”, afirma Manoel Serrão, superintendente de programas do Funbio. O novo edital aplica R$ 6,3 milhões remanescentes do primeiro edital Bacia do Rio Xingu, lançado em 2023, que selecionou quatro projetos com investimento de R$ 20,3 milhões.
A bacia do rio Xingu, com 1,9 mil km de extensão, atravessa o Cerrado e a Floresta Amazônica, abrangendo cerca de 50 municípios nos estados de Mato Grosso e Pará. “Priorizamos projetos que incluam capacitação e fortalecimento das cadeias produtivas, destinando ao menos 50% dos recursos às atividades de restauração ecológica”, explica Tereza Campello, diretora Socioambiental do BNDES.
