O cineasta Silvio Tendler morreu nessa sexta-feira (5), aos 75 anos, no Hospital Copa Star, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. Conforme confirmou sua filha, Ana Rosa Tendler, a causa da morte foi uma infecção generalizada.
Leia também:
Deepfake: veja como funciona tecnologia perigosa
Tendler, conhecido como o “cineasta dos sonhos interrompidos”, deixou um legado marcante no cinema nacional, com obras que mesclavam engajamento político e preservação da memória histórica. Ele dirigiu mais de 70 filmes e 12 séries televisivas, retratando personalidades como João Goulart, Juscelino Kubitschek, Carlos Marighella e Glauber Rocha. Entre suas produções mais famosas estão Jango, Os Anos JK – Uma Trajetória Política e O Mundo Mágico dos Trapalhões (1981).
Morre Silvio Tendler, cineasta engajado na história do Brasil
Nascido no Rio de Janeiro em 1950, Tendler iniciou sua carreira ainda adolescente, liderando a Federação de Cineclubes do Rio e produzindo seu primeiro documentário sobre João Cândido, o “Almirante Negro”, protagonista da Revolta da Chibata. Durante a ditadura militar, viveu no Chile e na França, onde concluiu a graduação em História pela Universidade de Paris VII e o mestrado em Cinema e História na Sorbonne.
Ao longo da trajetória, ele conquistou reconhecimento por sua abordagem crítica e detalhista da história política do Brasil, sempre unindo cinema e pesquisa histórica. Seu trabalho influenciou gerações de cineastas e pesquisadores, mantendo viva a memória de eventos e personagens muitas vezes esquecidos pela narrativa oficial.
O velório de Tendler ocorrerá às 11h de domingo (7), no Cemitério Israelita do Caju, e reunirá familiares, amigos e admiradores de sua obra.
