A Polícia Civil do Rio Grande do Norte deflagrou, na manhã desta quarta-feira (10), a Operação Viúva Negra, por meio da Delegacia Especializada na Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD). A ação desarticulou um esquema de jogos de azar, crimes contra a economia popular e lavagem de dinheiro, operado por plataformas virtuais ilegais divulgadas por influenciadoras digitais.
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Durante o cumprimento das medidas cautelares, foram apreendidos documentos, dispositivos eletrônicos e veículos de médio e alto padrão. A Justiça determinou o bloqueio de cerca de R$ 2 milhões, o sequestro de quatro imóveis em Parnamirim e Mossoró e a indisponibilidade de outros bens e ativos financeiros com indícios de origem ilícita.
Esquema usava o “jogo do tigrinho”
As investigações começaram após relatórios do DECCOR e comunicações do COAF. A polícia identificou movimentações financeiras incompatíveis com a renda das investigadas, além da ostentação de bens de luxo nas redes sociais.
Segundo a apuração, o grupo promovia jogos digitais de azar, como o popular “jogo do tigrinho”, manipulados em versões de demonstração para simular ganhos e induzir seguidores a apostar. Os valores eram rapidamente convertidos em bens de luxo ou transferidos para terceiros, por meio de empresas de fachada, como estratégia de ocultação patrimonial.
Influenciadoras atraíam vítimas
As investigadas utilizavam conteúdos de dança, apelos visuais e ostentação de luxo para atrair seguidores. A Polícia Civil comparou a estratégia à metáfora da “viúva negra”, pois atraía vítimas com promessas de sucesso, mas as levava a prejuízos e endividamento.
A operação contou com apoio de equipes do DECCOR-LD, DEICOR, NIQ e delegacias de várias regiões do RN. A população pode colaborar com as investigações pelo Disque Denúncia 181, de forma anônima e sigilosa.