O ministro do Turismo, Celso Sabino deixa Ministério do Turismo apenas depois da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Nova York, onde o petista participa, na próxima semana, da Assembleia Geral da ONU. A decisão foi alinhada durante reunião na sexta-feira (19) no Palácio da Alvorada, em Brasília.
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Segundo fontes do Planalto, Sabino explicou que seguirá no cargo por mais alguns dias para cumprir agendas consideradas estratégicas. A saída já era dada como certa após a Executiva Nacional do União Brasil aprovar, na quinta-feira (18), resolução que obriga todos os filiados da legenda a deixarem cargos no governo federal.
União Brasil e PP deixam a base
O desligamento de Celso Sabino reflete a determinação do União Brasil, que ameaça aplicar punições severas a quem descumprir a medida. Entre elas, está até a expulsão por infidelidade partidária, prevista no estatuto. Como resultado, o comando do Ministério do Turismo e dezenas de cargos federais devem ser entregues.
Além disso, o Progressistas (PP) também anunciou a saída da gestão petista. Entretanto, o partido concedeu um prazo maior, de 30 dias, para que seus filiados deixem os postos. Nesse cenário, o ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), também deve deixar o cargo.
Impactos políticos e COP30
O afastamento de Sabino ocorre em um momento sensível para o governo. O ministro é do Pará, estado que sediará em 2025 a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), evento de grande repercussão internacional. A saída, portanto, gera apreensão sobre os preparativos do encontro.
No Congresso, a debandada de União Brasil e PP enfraquece a base de Lula. Juntos, os dois partidos detêm bancadas robustas, o que pode dificultar votações de interesse do Planalto. Por outro lado, abre-se espaço para negociações com outras siglas do Centrão e da centro-esquerda, que podem assumir ministérios em troca de apoio.