Saúde

Conheça os cuidados e ações disponíveis no SUS para o tratamento da obesidade

Foto: Unsplash/Reprodução

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece uma série de ações e cuidados gratuitos voltados à prevenção e tratamento da obesidade, condição reconhecida como um problema de saúde pública mundial. A doença é complexa e multifatorial, envolvendo fatores biológicos, ambientais, genéticos e sociais, e não pode ser reduzida a uma questão de escolha individual.

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Durante muito tempo, acreditava-se que a obesidade era apenas resultado do desequilíbrio entre alimentação e gasto energético. Hoje, o Ministério da Saúde reconhece que o excesso de gordura corporal resulta de condições estruturais e contextuais, que vão muito além do peso do indivíduo.

Ações de prevenção e cuidado no SUS

Desde 2006, o Ministério da Saúde vem ampliando o cuidado às pessoas com obesidade, especialmente na Atenção Primária à Saúde (APS). Entre as principais iniciativas estão:

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  • repasses de incentivos financeiros aos estados e municípios;

  • qualificação de profissionais de saúde;

  • ampliação da vigilância alimentar e nutricional;

  • promoção da alimentação saudável e prática de atividade física;

  • apoio técnico e organização dos serviços de diagnóstico e acompanhamento;

  • articulação com outras áreas do governo para enfrentar os determinantes sociais da obesidade.

Em 2024, foram registrados 240,1 milhões de atendimentos na Atenção Primária, dos quais 7,8 milhões estavam relacionados à obesidade. O número de atendimentos hospitalares também aumentou, passando de 83,5 mil em 2023 para 126,3 mil em 2024.

O monitoramento do peso e da altura da população cresceu, com 59,2 milhões de pessoas avaliadas em 2024 — um reflexo do fortalecimento da vigilância nutricional no país.

Estratégias e programas de apoio

No SUS, o tratamento da obesidade é conduzido com foco na prevenção e promoção da saúde. As ações seguem os Guias Alimentares para a População Brasileira, o Guia de Atividade Física e o programa Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB), que incentiva a amamentação e alimentação saudável na infância.

A coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Kelly Alves, explica que a obesidade deve ser tratada como uma condição crônica, influenciada por fatores sociais e estruturais.

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“Ainda enfrentamos barreiras que dificultam uma rotina saudável. Não se trata de falta de força de vontade, mas de condições de vida que afetam as escolhas da população”, afirma.

Ela destaca também o impacto do custo e da praticidade na alimentação. “Alimentos ultraprocessados são mais baratos e o tempo de deslocamento reduz o tempo disponível para planejar as refeições”, complementa.

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