Morreu neste sábado (18) Chen Ning Yang, físico renomado e ganhador do Prêmio Nobel de Física, aos 103 anos. A confirmação veio da Universidade Qinghua, em Pequim, onde Yang lecionou por mais de duas décadas. Reconhecido internacionalmente por suas contribuições à física de partículas, Yang deixou um legado científico que marcou o século 20.
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Nascido em Hefei, província de Anhui, na China, em 1922, Yang iniciou seus estudos em Pequim e se formou em Física em 1942 na Universidade Nacional Associada do Sudoeste. Posteriormente, mudou-se para os Estados Unidos, onde atuou como professor e desenvolveu pesquisas fundamentais que renderam o Nobel, compartilhado com Tsung-Dao Lee, que faleceu em 2024.
Contribuições científicas de Chen Ning Yang
Yang, junto a Lee, questionou as leis da paridade, desafiando a ideia de que processos subatômicos eram simétricos à esquerda e à direita. Sua descoberta, que alterou o conceito de “simetria de espelho”, revolucionou a física moderna. Além disso, a teoria de calibre Yang-Mills, criada em parceria com Robert Mills, tornou-se pilar central na compreensão das interações fundamentais entre partículas.
Ao retornar à China, Yang dedicou-se à Universidade Qinghua, promovendo intercâmbios acadêmicos internacionais e formando novos talentos. Em entrevista de 2025, enfatizou suas raízes chinesas e o desejo de inspirar futuras gerações de cientistas:
“Embora eu tenha vivido nos Estados Unidos por muitos anos, o sangue que corre em minhas veias é o da cultura chinesa. Espero treinar futuros líderes mundiais em física.”
Em vida, Chen Ning Yang foi comparado a ícones como Albert Einstein e Enrico Fermi, consolidando-se como um dos maiores físicos do século 20. Seu trabalho continua a influenciar pesquisadores e estudantes em todo o mundo, perpetuando seu legado científico.
