A COP30 combustíveis sustentáveis ganhou destaque nesta sexta-feira (7), em Belém (PA), com o anúncio do “Compromisso de Belém pelos Combustíveis Sustentáveis”, também chamado de “Belém 4x”. O acordo internacional, assinado por 19 países, propõe quadruplicar o uso global de combustíveis sustentáveis até 2035, tomando 2024 como base de comparação.
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A iniciativa é co-patrocinada por Brasil, Itália e Japão e integra a Aliança Global de Biocombustíveis, que busca reduzir emissões de gases de efeito estufa, fortalecer a segurança energética e impulsionar o desenvolvimento sustentável. Entretanto, a União Europeia (UE), que inicialmente participaria das discussões, ficou de fora do acordo, o que surpreendeu parte da comunidade internacional.
COP30 combustíveis sustentáveis e o “Belém 4x”
Assinaram o acordo países como Brasil, Canadá, Índia, Itália, Japão, México e Países Baixos, além de nações emergentes como Guiné, Moçambique e Zâmbia. O documento estabelece metas claras: adotar políticas nacionais ambiciosas, harmonizar regras internacionais de carbono, ampliar o financiamento e a cooperação técnica, e investir em inovação para reduzir custos e acelerar a adoção de novas tecnologias limpas.
Segundo os organizadores da COP30, o amplo apoio internacional demonstra que os combustíveis sustentáveis terão papel estratégico na transição energética global e no combate às mudanças climáticas. O Brasil, anfitrião da conferência, reforçou seu protagonismo como líder mundial em biocombustíveis e defensor de uma agenda climática colaborativa, voltada à energia limpa e à segurança alimentar.
Brasil e União Europeia: parceria estratégica ainda em debate
Mesmo fora do pacto, a União Europeia mantém papel estratégico nas negociações climáticas. O bloco possui regras ambientais rigorosas, com metas de emissões zero no transporte rodoviário até 2035. Para o Brasil, essa parceria é essencial, já que o país é referência global na produção de etanol e biodiesel, produtos que podem fortalecer a economia verde e ampliar as exportações nacionais.
Por outro lado, países europeus — especialmente a Alemanha — resistem à ideia de usar culturas comestíveis, como milho, soja e cana-de-açúcar, na geração de energia. O receio é que a expansão agrícola provoque desmatamento e afete a segurança alimentar global.






















































