A Prisão de Bolsonaro movimentou Brasília neste sábado (22) e desencadeou forte reação política após a decisão do ministro Alexandre de Moraes. Primeiramente, a ordem de prisão preventiva foi expedida sob a justificativa de garantir a ordem pública diante da convocação de uma vigília de apoiadores, segundo relatos, realizada por Flávio Bolsonaro. Além disso, o Supremo entendeu que o ato poderia gerar aglomeração e riscos à integridade de terceiros e do próprio ex-presidente.
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Conforme informações divulgadas pelo SBT News, Moraes considerou que a manifestação convocada nas redes pelo senador Flavio Bolsonaro representava risco concreto. Conforme o anúncio, a vigília ocorreria em frente ao condomínio onde o ex-presidente mora em Brasília, “pela saúde de Bolsonaro e pela liberdade do Brasil”.
Em contraste com a justificativa oficial, aliados criticaram a medida. O líder do PL na Câmara, Sostenes Cavalcanti, afirmou que a decisão seria “coisa de psicopatia em alto grau”, sugerindo exagero no entendimento do ministro. Além disso, ele reforçou que o ato seria apenas uma manifestação pacífica.
No início da manhã, advogados de Bolsonaro confirmaram a prisão, mas destacaram que ainda não tinham acesso aos autos. Depois disso, a Polícia Federal efetuou a detenção na casa onde ele cumpria prisão domiciliar, no Jardim Botânico, área de alto padrão no Distrito Federal. Logo após a abordagem, agentes levaram o ex-presidente à Superintendência da PF, em Brasília.
A prisão é preventiva, portanto não representa o início do cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses à qual Bolsonaro já foi condenado pelo STF por crimes como tentativa de golpe de Estado. Além disso, a decisão reforça o ambiente de tensão entre apoiadores e instituições.
Como resultado, o cenário político fica ainda mais polarizado e deve gerar novos desdobramentos nos próximos dias.
