O Algoritmo do TikTok voltou ao centro do debate internacional após a ByteDance assinar acordos vinculantes para criar uma joint venture que transferirá o controle das operações do aplicativo nos Estados Unidos para investidores norte-americanos e globais. Essa medida busca evitar a proibição do app no país e, ao mesmo tempo, reduzir tensões entre Washington e Peququim, mas deixa dúvidas importantes sobre quem, de fato, controla a tecnologia mais valiosa da plataforma.
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Além disso, embora a nova estrutura represente um avanço político e comercial, especialistas apontam incertezas sobre a propriedade do algoritmo de recomendação. Rush Doshi, ex-integrante do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, afirmou que não está claro se o algoritmo foi transferido, licenciado ou permanece sob controle chinês, com a Oracle atuando apenas no monitoramento. Por outro lado, o algoritmo é considerado a joia da coroa do TikTok e sempre foi tratado como ativo estratégico pela ByteDance.
Segundo informações divulgadas anteriormente pela Reuters, a ByteDance manteria as operações comerciais do TikTok nos EUA, enquanto a joint venture ficaria responsável pelos dados dos usuários, pelo conteúdo e pelo próprio algoritmo. Assim, a empresa americana TikTok seguiria gerando receita, enquanto a nova entidade receberia parte dos valores por serviços de tecnologia e dados.
Algoritmo do TikTok e seu diferencial competitivo
Assim, o que torna o Algoritmo do TikTok tão poderoso é a forma como ele entende o comportamento do usuário. Conforme executivos da empresa já explicaram, o sistema não se baseia no “gráfico social”, como ocorre em plataformas do grupo Meta, mas em sinais de interesse. Ou seja, o algoritmo aprende com cada interação, como tempo de visualização, curtidas e até o momento do dia em que o conteúdo é consumido.
Além disso, o formato de vídeos curtos torna o algoritmo extremamente dinâmico. Ele consegue acompanhar mudanças rápidas de gosto e oferecer recomendações altamente personalizadas em poucos minutos. Da mesma forma, o fato de o TikTok ter nascido para dispositivos móveis garantiu vantagem sobre concorrentes que precisaram adaptar suas plataformas posteriormente.
O pioneirismo também pesa. Enquanto o Instagram lançou o Reels apenas em 2020 e o YouTube apresentou o Shorts em 2021, o TikTok acumulou anos de dados e refinamento tecnológico. Como resultado, mantém liderança clara no segmento.
O que dizem as pesquisas
Por exemplo, estudos recentes mostram que o algoritmo não entrega apenas conteúdos alinhados aos interesses do usuário. Um levantamento feito por pesquisadores dos EUA e da Alemanha revelou que entre 30% e 50% dos vídeos recomendados exploram novos temas. Assim, o sistema amplia o engajamento e testa preferências, estratégia vista como essencial para manter a atenção do público.






















































