As fiscalizações da PRF em ônibus rodoviários registraram um crescimento expressivo ao longo deste ano, conforme levantamento obtido com exclusividade pelo SBT Brasil por meio da Lei de Acesso à Informação. Desde o começo de 2025 até novembro, mais de 91 mil ônibus foram abordados em todo o país, um salto de 25% em relação ao mesmo período do ano passado. Dessa forma, a Polícia Rodoviária Federal intensificou seu trabalho visando coibir crimes que utilizam o transporte coletivo como meio de transporte, incluindo contrabando, tráfico e porte ilegal de armas.
Leia também:
Acidente entre van da saúde e carreta mata cinco pessoas na BR-386 (RS)
Além disso, as ações ampliadas resultaram em um aumento de 88,6% nas apreensões de armas em ônibus, totalizando 83 itens retirados de circulação entre janeiro e novembro. Isso significa, na prática, que a cada quatro dias a PRF apreendeu uma arma escondida em bagagens ou entre pertences de passageiros durante fiscalizações em rotas rodoviárias.
De acordo com o inspetor Leandro Martuscelli, da PRF, o crescimento das apreensões está atrelado à evolução do tráfico de drogas e à dinâmica de circulação de ilícitos pelo país. Assim, a corporação reforça a capacitação das equipes e o emprego de técnicas especializadas, como o uso de cães farejadores, para tornar as abordagens mais eficientes e detectar itens escondidos com maior precisão.
Fiscalizações da PRF em ônibus e combate ao crime
Além das armas, as fiscalizações também resultaram em números elevados de apreensões de drogas. Em 12 meses, a PRF retirou mais de uma tonelada de cocaína e quase quatro toneladas de maconha de ônibus rodoviários — substâncias muitas vezes encontradas escondidas em bagagens de passageiros.
No Terminal Rodoviário do Tietê, um dos mais movimentados da América Latina, agentes encontraram seis tijolos de maconha escondidos sob um banco de ônibus em uma das abordagens recentes. Nessa ocasião, nenhum passageiro foi preso, mas o caso ilustra como o transporte coletivo pode ser usado para movimentar drogas em grandes volumes.
Enquanto isso, a entidade orienta passageiros a manterem mochilas e bolsas sempre ao alcance da vista, bem como comunicar qualquer situação suspeita ao motorista ou às autoridades. Isso porque, tradicionalmente, rodoviárias não contam com equipamentos de inspeção como raio-X ou detectores de metais, o que torna a fiscalização da PRF ainda mais essencial.






















































