O Navio apreendido pelos EUA marca um novo capítulo na escalada de tensão entre Washington e Caracas. Os Estados Unidos interditaram e apreenderam uma embarcação na costa da Venezuela, em águas internacionais, segundo autoridades norte-americanas ouvidas pela agência Reuters neste sábado (20). A ação ocorre poucos dias depois de o presidente Donald Trump anunciar um “bloqueio total” a petroleiros sancionados que entram e saem do país sul-americano.
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Além disso, essa é a segunda apreensão de um navio-tanque na região em poucas semanas. Conforme fontes do governo dos EUA, a Guarda Costeira liderou a operação, embora o local exato não tenha sido divulgado. Enquanto isso, a Casa Branca, o Pentágono e a Guarda Costeira evitaram comentar oficialmente o caso até o momento.
A medida, no entanto, já produz efeitos práticos. Desde a primeira apreensão, navios carregados com milhões de barris de petróleo passaram a permanecer em águas venezuelanas. Como resultado, operadores evitam riscos de confisco, o que derrubou de forma significativa as exportações de petróleo bruto da Venezuela nos últimos dias.
Navio apreendido EUA intensifica bloqueio petrolífero
O Navio apreendido EUA reforça o bloqueio anunciado por Trump na última terça-feira. “Estou ordenando um bloqueio total e completo de todos os petroleiros sancionados”, declarou o presidente norte-americano. Embora algumas embarcações estejam formalmente sob sanções, outras ainda operam legalmente, incluindo navios autorizados utilizados pela Chevron para transportar petróleo venezuelano.
Por outro lado, especialistas alertam para possíveis impactos no mercado global. Atualmente, o mercado de petróleo permanece bem abastecido. Além disso, milhões de barris aguardam descarregamento em navios-tanque na costa da China. No entanto, se o bloqueio persistir, a retirada de até 1 milhão de barris por dia da oferta pode elevar os preços internacionais.
A China, por exemplo, é a maior compradora do petróleo venezuelano. Segundo analistas, o produto responde por cerca de 4% das importações chinesas, com embarques recentes próximos de 600 mil barris diários. Assim, qualquer interrupção prolongada tende a gerar efeitos em cadeia.
Enquanto isso, o governo da Venezuela reage com críticas duras. O presidente Nicolás Maduro afirma que o aumento da presença militar dos EUA busca derrubá-lo para garantir controle sobre as maiores reservas de petróleo do mundo. A campanha de pressão inclui, conforme relatos, reforço militar e ataques a embarcações no Caribe e no Pacífico.






















































