O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) completou um mês preso em regime fechado e agora aguarda uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para realizar uma cirurgia abdominal. Ele segue detido na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.
Na última semana, a defesa solicitou autorização para o procedimento, que prevê a retirada de uma hérnia. Em seguida, o ministro Alexandre de Moraes determinou a realização de uma perícia médica pela Polícia Federal. O laudo confirmou a necessidade da cirurgia.
Agora, os advogados precisam informar a data do procedimento. A partir disso, o STF vai analisar a liberação temporária de Bolsonaro para a realização da cirurgia.
Defesa cita possível prisão domiciliar
Dependendo do pós-operatório, Moraes pode reavaliar o pedido de prisão domiciliar. Segundo a defesa, Bolsonaro enfrenta problemas de saúde que exigem acompanhamento médico constante.
Bolsonaro foi preso preventivamente em 22 de novembro, por decisão de Moraes. O ministro considerou o risco de fuga e a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica.
Relatórios oficiais indicaram que o ex-presidente tentou danificar o equipamento com um ferro de solda. Posteriormente, ele admitiu a ação.
Dias depois, a Justiça converteu a prisão preventiva em execução de pena, após a defesa não apresentar recursos dentro do prazo legal. Bolsonaro cumpre pena de 27 anos e três meses por tentativa de golpe de Estado.
Atualmente, ele permanece custodiado em uma ala especial da Polícia Federal. As visitas seguem restritas a familiares, médicos e advogados, sempre mediante autorização judicial.
