O julgamento do Caso Zaira começará nesta segunda-feira (2), às 8h, no Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Natal. O processo, que corre em segredo de justiça, envolve o policial militar Pedro Inácio Araújo, acusado de estuprar e matar a jovem Zaira Dantas Silveira Cruz, de 22 anos, durante o carnaval de 2019, no município de Caicó.
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Por determinação da 2ª Vara Criminal de Natal, o acesso ao júri será restrito. Apenas familiares da vítima e do réu poderão acompanhar a sessão. Ao todo, seis pessoas foram autorizadas: os pais e a irmã de Zaira, acompanhados por uma psicóloga do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), além da mãe do réu e um acompanhante.
Acesso restrito e sigilo mantido
Diante da sensibilidade do caso, o Tribunal de Justiça do RN publicou a Portaria Conjunta nº 1/2025, que define regras para acesso e permanência no julgamento. A medida visa preservar a integridade do processo e garantir a segurança dos presentes.
A imprensa não poderá entrar no Salão do Júri. Nem mesmo profissionais da Secretaria de Comunicação do TJRN terão acesso à sessão. Para manter o fluxo de informações sem violar o segredo de justiça, o tribunal divulgará boletins oficiais durante o andamento do julgamento.
Além disso, os promotores do MPRN que atuarão no caso informaram que não concederão entrevistas. O júri contará com 22 depoimentos, incluindo o do próprio réu, testemunhas de defesa e acusação. A previsão é de que os trabalhos se estendam até sexta-feira (6).
Relembre o caso
Zaira Cruz foi encontrada morta no sábado de carnaval, em 2 de março de 2019, em Caicó. A jovem participava da folia quando foi assassinada. Segundo as investigações, o crime ocorreu dentro de um carro.
Inicialmente, o processo tramitou em Caicó, mas a defesa do réu pediu o desaforamento, alegando risco à imparcialidade do júri local, devido à grande repercussão do caso no Seridó. O Tribunal de Justiça atendeu ao pedido, e o julgamento foi transferido para a capital.
