O Irã atacou, na manhã desta segunda-feira (23), a base aérea norte-americana de Al Udeid, localizada no Catar, além de alvos militares no território iraquiano. A ação faz parte da operação batizada de Anunciação da Vitória, conforme informou a agência estatal iraniana Tasnim.
A base de Al Udeid é considerada a maior instalação militar dos Estados Unidos no Oriente Médio, abrigando mais de 10 mil soldados. Segundo um oficial israelense, ao menos seis mísseis foram lançados durante a ofensiva. Moradores de Doha, capital do Catar, relataram explosões, o que provocou pânico na região.
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Em resposta ao ataque, o espaço aéreo do Catar foi temporariamente fechado. O serviço de rastreamento Flightradar24 confirmou o cancelamento e o desvio de diversos voos comerciais, agravando o clima de tensão.
O governo do Catar repudiou veementemente o ataque. Segundo comunicado oficial, a base aérea já havia sido evacuada como medida preventiva, diante da escalada do conflito. “O Estado do Catar condena veementemente o ataque da Guarda Revolucionária Iraniana (…). Consideramos isso uma flagrante violação da soberania do Estado do Catar”, declarou o porta-voz Majed al Ansari na rede X.
Retaliação após ofensiva americana
A ação iraniana ocorre dois dias após os Estados Unidos destruírem três das principais instalações nucleares do Irã — Fordow, Natanz e Isfahan — em um ataque de precisão. O presidente Donald Trump classificou a ação como um “sucesso militar espetacular”, destacando que o objetivo foi neutralizar a capacidade nuclear iraniana.
A escalada do conflito teve início no dia 12 de junho, quando Israel bombardeou instalações nucleares no Irã, desencadeando uma guerra entre os dois países. O governo israelense acusa Teerã de manter um programa secreto de armas nucleares e de apoiar grupos armados como Hezbollah e Hamas.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que os ataques contra o Irã “vão durar o tempo que for necessário”. A comunidade internacional acompanha a situação com crescente preocupação, temendo que a crise se transforme em um conflito regional de grandes proporções.
