Durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus, o relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, destacou a gravidade dos atos investigados e disse que o Supremo Tribunal Federal (STF) não será intimidado. “Esse é o papel do Supremo Tribunal Federal, julgar com imparcialidade e aplicar a justiça a cada um dos casos concretos, independentemente de ameaças ou coações, ignorando pressões internas ou externas”, afirmou.
Ele revelou que houve “condutas dolosas e conscientes de uma verdadeira organização criminosa que […] passou a agir de maneira covarde e traiçoeira com a finalidade de tentar coagir o Poder Judiciário […] e submeter o funcionamento da Corte ao crivo de outro Estado estrangeiro”. Moraes garantiu que essas tentativas não terão efeito. “Essa coação, essa tentativa de obstrução, elas não afetarão a imparcialidade e a independência dos juízes desse Supremo Tribunal Federal”, disse.
Para o ministro, “a impunidade, a omissão e a covardia não são opções para a pacificação”, e é preciso reagir a qualquer tentativa de quebra institucional. “A história nos ensina que a impunidade, a omissão e a covardia não são espaços para pacificação. Pois o caminho aparentemente mais fácil, que é da impunidade, que é da omissão, deixa cicatrizes traumáticas na sociedade e corrói a democracia, como lamentavelmente o passado recente do Brasil demonstra.”
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