O 7 de setembro, Dia da Independência, ganhou forte tom político neste domingo em várias cidades brasileiras. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram em defesa da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, enquanto movimentos ligados à esquerda ocuparam ruas com bandeiras de soberania e críticas à extrema-direita.
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As mobilizações aconteceram principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, mas também em capitais como Brasília. No Rio, a praia de Copacabana foi o palco da manifestação bolsonarista, que reuniu milhares sob céu nublado. Já no centro da cidade, grupos alinhados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizaram atos com pautas sociais e críticas à anistia.

Foto: Reprodução
Anistia em debate
Em Copacabana, os manifestantes exibiram faixas pedindo “Anistia já” e chegaram a convocar Donald Trump em cartazes. Muitos entoaram frases como “O Supremo é o povo”, em protesto contra as decisões do STF.
Os atos ocorreram em meio ao julgamento de oito réus acusados de integrar o núcleo da tentativa de golpe de Estado. O julgamento, que pode resultar em até 40 anos de prisão, deve ser concluído na próxima semana.
Na quinta-feira anterior, Lula afirmou em evento que existe risco real de aprovação da anistia no Congresso. Segundo ele, a extrema-direita mantém força parlamentar, e a resistência precisa ser reforçada pela sociedade civil.
Mobilização da esquerda
Enquanto isso, movimentos sociais organizaram atos contra a anistia e a favor de pautas econômicas, como a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e a rejeição da jornada 6×1. Em São Paulo, a concentração ocorreu na Praça da República; no Rio, a mobilização foi no centro; e em Brasília, na Praça Zumbi dos Palmares.
Na capital federal, o presidente Lula participou do tradicional desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, que reuniu cerca de 45 mil pessoas.
