As comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e de Educação da Câmara dos Deputados realizam, nesta terça-feira (7), uma audiência pública para discutir os critérios de elaboração de laudos de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Leia também:
Vacina contra HPV reduz câncer de colo do útero em 58%, aponta estudo
A reunião atende a um requerimento da deputada Soraya Santos (PL-RJ), que alerta para a falta de padronização nos laudos. Segundo ela, a ausência de critérios técnicos claros e uniformes tem provocado insegurança jurídica e desigualdades no acesso a direitos, especialmente nas áreas de saúde e educação.
“O objetivo é reunir especialistas e debater, à luz das evidências científicas internacionais, quais componentes devem ser obrigatoriamente contemplados em um laudo de TDAH”, explicou a parlamentar.
Como é feito o diagnóstico do TDAH
O diagnóstico de TDAH é clínico, baseado na avaliação dos sinais e sintomas. Não há exames laboratoriais ou de imagem capazes de confirmar o transtorno. Por isso, o diagnóstico depende da observação das interações, comportamentos e rotina do paciente, além do acompanhamento médico contínuo.
O processo pode envolver diferentes especialistas:
Psiquiatra: responsável por diagnosticar e tratar condições que afetam as funções psíquicas. O profissional realiza uma avaliação clínica detalhada, observando comportamento, fala, humor e atenção, podendo utilizar testes e questionários complementares.
Neurologista ou neuropediatra: atua em casos que envolvem o sistema nervoso. Quando há suspeita de TDAH em crianças, o neuropediatra é o indicado para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento.
Pediatra: acompanha o desenvolvimento infantil e pode identificar sinais de TDAH, além de encaminhar o paciente a especialistas para investigação mais aprofundada.
