O RN combate à fome e se consolida como o primeiro estado do Nordeste no enfrentamento e superação da pobreza, segundo dados da PNAD Contínua de 2024, divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE. Conforme o levantamento, 70,6% dos domicílios potiguares estão em situação de segurança alimentar, o que representa avanço significativo em relação a 2023.
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Além disso, o Rio Grande do Norte ocupa o 14º lugar no ranking nacional e apresenta a menor taxa de insegurança alimentar moderada do Nordeste, de 10,2%. Em números absolutos, a insegurança alimentar caiu de 33,7% para 29,4%, o que equivale a 371 mil domicílios. Esses resultados evidenciam o impacto positivo das políticas públicas estaduais voltadas à alimentação e à inclusão social.
Políticas públicas fortalecem segurança alimentar
De acordo com a secretária da SETHAS, Íris Oliveira, o governo vem ampliando as ações de segurança alimentar desde 2022. “O enfrentamento à fome e à pobreza é prioridade. A superação vem por meio de políticas intersetoriais que unem assistência social, agricultura e desenvolvimento econômico”, afirmou.
Entre os principais programas, destacam-se o Leite Potiguar e o Restaurante Popular, que beneficiam diretamente milhares de famílias. O Leite Potiguar atende 72 mil famílias em todos os 167 municípios, com a distribuição semanal de cinco litros de leite para crianças, gestantes, nutrizes e idosos. O investimento anual é de R$ 81 milhões, com compra direta de produtores locais.
Já o Restaurante Popular oferece refeições a preços simbólicos — R$ 1 no almoço e R$ 0,50 no café ou sopa — em 113 unidades distribuídas por 56 municípios. Diariamente, são servidas 38 mil refeições, com aporte anual de R$ 54,5 milhões.
Ações integradas e geração de emprego impulsionam avanços
O governo também tem investido em ações integradas. A Lei Estadual nº 10.536/2019, que criou o Programa Estadual de Compras Governamentais (PECAFES), determina que 30% das compras públicas sejam feitas da agricultura familiar. Conforme a SETHAS, a rede pública de ensino é uma das maiores compradoras, garantindo alimentação saudável a estudantes e fortalecendo a renda dos pequenos produtores.
Outra política relevante é o Proedi, programa de incentivo à indústria, que já beneficia 326 empresas e gera mais de 54 mil empregos — 30 mil diretos e 24 mil indiretos. Segundo a secretária, combater o desemprego é uma das formas mais eficazes de reduzir a fome.
“Cada emprego criado é um passo a menos na insegurança alimentar. Garantir renda é tão essencial quanto garantir o prato de comida”, destacou Íris Oliveira.
