Milhares de pessoas foram às ruas neste sábado (18) em protestos contra Donald Trump nos Estados Unidos e em várias cidades da Europa. O movimento, batizado de “No Kings in América” — “Sem reis na América”, em tradução livre — denuncia o que manifestantes chamam de autoritarismo crescente do governo republicano.
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De acordo com os organizadores, as manifestações ocorreram em todos os 50 estados norte-americanos e em cerca de 2.600 cidades, incluindo capitais europeias como Berlim, Madri, Barcelona e Londres.
“No Kings in América” alerta para vigilância governamental
Segundo os organizadores, há uma preocupação crescente com possíveis represálias do governo federal aos participantes. Entidades de defesa dos direitos civis alertaram que o governo pode utilizar tecnologias de reconhecimento facial e rastreamento de celulares para monitorar manifestantes.
O ativista Thorin Klosowski, da Electronic Frontier Foundation, afirmou que o nível de vigilância varia conforme a localidade e a força policial presente. Já Ryan Shapiro, diretor do grupo Property of the People, destacou que, sob Trump, até pequenas dissidências passaram a ser tratadas como ameaças.
“Essa vigilância representa uma ameaça existencial ao que resta da democracia americana e reforça a necessidade de protestos em massa”, declarou Shapiro em nota enviada à imprensa.
Ações do governo ampliam tensão
Ainda conforme a Reuters, a agência de imigração e alfândega dos EUA (ICE) vem acumulando um verdadeiro arsenal de vigilância digital. Entre as ferramentas estariam sistemas de hacking de telefones, simuladores de antenas de celular e até o uso de drones militares MQ-9 Predator sobre cidades como Los Angeles.
Além disso, agências federais estariam monitorando redes sociais para identificar organizadores e participantes das manifestações. Apesar das denúncias, o Departamento de Segurança Interna (DHS) afirmou, em comunicado, que suas forças “aplicam as leis da nação” e que as medidas são “razoáveis e constitucionais”.
Democracia em alerta
Em contraste, críticos consideram que o avanço da vigilância durante o governo Trump ameaça direitos fundamentais, como a liberdade de expressão e o direito de protestar. Conforme os organizadores, os atos seguirão nos próximos dias em novas cidades americanas e europeias.






















































