O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a afirmar, no domingo (15), que o grupo palestino Hamas, atualmente dominante na Faixa de Gaza, deve ser eliminado por Israel. A declaração aconteceu em meio à preparação do exército isralenese para lançar uma ofensiva terrestre na região – onde mais de 2,7 mil pessoas já morreram.
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“O que aconteceu em Gaza, na minha opinião, é [culpa do] Hamas e dos elementos extremistas do Hamas, que não representam o povo palestino. E penso que seria um erro se Israel ocupasse Gaza novamente”, disse Biden ao programa 60 Minutes, reforçando que deve haver um caminho para a existência de um Estado palestino.
Em resposta, o embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan, disse que o governo não tem intenção de ocupar a Faixa de Gaza. Segundo ele, a operação militar tem como objetivo de, se não destruir, extinguir as capacidades terroristas do Hamas, além de liberar os reféns feitos pelo grupo no último dia 7.
“Só o Hamas é o culpado pela situação. Gaza tem tudo o que precisa, mas nos últimos 16 anos o Hamas utilizou o dinheiro e os recursos para transformar Gaza numa máquina terrorista. A pressão internacional deveria recair sobre o Hamas, e não sobre o Estado de Israel. Continuaremos a operação até que os objetivos sejam alcançados”, disse Erdan.
A Faixa de Gaza é um território palestino de 41 km de comprimento e 10 km de largura, que faz fronteira com Israel e Egito. O local, que tem o território menor que a cidade do Rio de Janeiro, é abrigo de 2,1 milhões de pessoas e está entre os alvos constantes do exército israelense, que, além dos bombardeios, está planejando uma ofensiva terrestre na região.
A situação vem ficando mais crítica com o isolamento feito por Israel, que diminuiu drasticamente o fornecimento de alimentos, água e combustível. Em meio ao cenário, organizações internacionais continuam apelando pela abertura de um corredor humanitário para a passagem de suprimentos, bem como de civis para o Egito.
*Com informações do SBT News