No dia 9 de novembro foi sancionada uma lei que obriga as instituições de saúde a oferecer assistência psicológica a mulheres durante a gestação e no pós-parto, após avaliação do profissional de saúde no pré-natal. Em hospitais do Rio Grande do Norte essa prática já é realidade.
A cozinheira Alessandra Lima, de 36 anos, teve o pequeno Benjamin no dia 18 de outubro na Maternidade Escola Januário Cicco, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (MEJC-UFRN). Ele teve complicações respiratórias durante o parto e precisou ficar internado na UTI Neonatal por 21 dias.
Quando ela achou que iria para casa com o filho, foi identificada uma infecção urinária no bebê e os dois vão continuar no hospital por mais sete dias. Desde que chegou à Maternidade, ela é acompanhada pela equipe de psicologia.
“Ver o meu filho na UTI me abalou muito, não estava sabendo lidar com a situação e fiquei muito deprimida. O atendimento psicológico me ajudou e hoje estou mais confiante. Sou muito grata por ter recebido esse cuidado”, conta Alessandra.
Outro hospital no Rio Grande do Norte, o Hospital Universitário Ana Bezerra, (HUAB-UFRN), também realiza atendimentos psicológicos às gestantes e puérperas nas enfermarias e ambulatórios. Para as pacientes que estão internadas, o acesso ocorre via solicitação das equipes ou por busca ativa dos profissionais de psicologia, priorizando os casos que podem apresentar maiores fatores de risco, como histórico pessoal de transtorno mental, situações de perdas gestacionais, óbitos neonatais e internações mais prolongadas.
No ambulatório, são realizados atendimentos às gestantes que fazem pré-natal de alto risco, mulheres que vivenciaram alguma perda gestacional e vítimas de violência sexual.