O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – Idema, por meio do Parque Estadual Dunas do Natal “Jornalista Luiz Maria Alves” esclarece que, apesar do nome, a “varíola dos macacos” nada tem a ver com os primatas. O esclarecimento foi dado pela Sociedade Brasileira de Primatologia e reforça que a doença, com casos confirmados no Rio Grande do Norte, é transmitida entre pessoas e não por macacos.
O biólogo e coordenador do setor de Fauna da Unidade de Conservação, Dhyego Melo, faz um apelo para que a população busque informações sobre a doença e não cometa maus tratos com os animais. O profissional ressalta que esses mamíferos não transmitem a varíola e não são reservatórios desse vírus.
“A falta de informação e de sensibilidade com os seres com que convivemos faz muito mal à sociedade. É importante que a população tenha plena consciência de que os macacos não são responsáveis pela existência do vírus e nem por sua transmissão a humanos. Eles precisam ser protegidos. A morte desses animais traz um enorme desequilíbrio ambiental, que não pode ser agravado pela ação do homem”, disse.
A varíola dos macacos é uma doença causada pelo vírus “Monkeypox”, pertencente à mesma família do vírus que causava a varíola – uma doença que foi extinta na década de 80. Com o avanço da varíola dos macacos no mundo, informações falsas têm circulado, e uma delas é que a matança dos primatas pode ajudar na erradicação da doença.
As investigações epidemiológicas estão em andamento, mas o que sabemos é que entre humanos, o vírus da varíola dos macacos é transmitido por contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de infectados, fluidos corporais ou objetos recentemente contaminados.
Os macacos sofrem diariamente com a destruição do seu habitat. O desmatamento, devido ao aumento da área agropecuária e uso da madeira, criação de estradas e aumento de cidades, a caça predatória ou a utilização como animais de estimação, também afeta esses mamíferos.
Como prevenir a varíola dos macacos?
– Evitar contato com pessoas infectadas ou suspeitas;
– Higienizar as mãos com frequência, com água e sabão ou álcool;
– Usar máscaras de proteção.