De volta ao Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai precisar prestar depoimentos na Polícia Federal (PF) antes de dar continuidade ao planejamento da sua agenda de viagens pelo país. O ex-mandatário foi intimado e irá falar na próxima quarta-feira (5), às 14h30, no inquérito que apura as joias trazidas ao Brasil, em 2021, como presentes do governo da Arábia Saudita.
Apesar de Bolsonaro não ter estabelecido seu itinerário pelo Brasil, o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, adiantou que o ex-presidente já começou a discutir os destinos junto ao presidente do PL, Valdemar Costa Netto. O ex-chefe do Executivo deve voltar a falar do assunto nos próximos dias, após o feriado da Páscoa.”Ele [Bolsonaro] não veio para liderar a oposição. Ele veio para liderar um bloco pelo país”, afirmou Gilson Machado.
Ainda segundo o ex-ministro, Bolsonaro tem muito interesse de de ir para o Nordeste, região onde foi derrotado nas últimas eleições pelo atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Ele vai ter várias agendas. Ele vai para Maceió, para Pernambuco”, disse Machado.
As viagens de Bolsonaro têm o propósito de aumentar o número de prefeitos e vereadores na eleição de 2024. Durante as agendas, o ex-mandatário vai se encontrar com políticos locais e lideranças de partidos aliados para fazer articulações políticas.
Caso das joias
O caso das joias foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo no começo do mês de março. Segundo as reportagens, a Receita Federal reteve um conjunto de joias dadas a Bolsonaro pelo governo saudita em 2021.
As joias, avaliadas em R$ 16 milhões, estavam na mochila de um assessor do então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque que tentou entrar no Brasil com o produto sem declarar os bens ao Fisco, livrando-se, assim, do pagamento dos impostos.
Após a revelação, foi divulgada a existência de outros dois conjuntos de joias dados pela Arábia Saudita à família Bolsonaro.
Com informações do SBT News
