Pesquisadores da Universidade Federal Fluminense desenvolveram um método que utiliza o coco, ainda verde, para a despoluição de águas. A técnica consistem em transformar o farelo da fruta no chamado “biocarvão magnético”, que pode ser utilizado até no tratamento de esgoto.
No verão ou no inverno, o coco sempre faz sucesso nas praias. Cerca de 250 ml da água de coco geram 1 kg de resíduos, pois a casca demora até 15 anos para se decompor. Como o Brasil produz 2 bilhões de unidades da fruta por ano, o que fazer com tanto lixo? Carvão ativado para purificar a água.
A ideia partiu de pesquisadores da Universidade Federal Fluminense, em Niterói, na região metropolitana do Rio. Eles adicionaram nanopartículas magnéticas ao farelo do coco triturado que, depois, é transformado em carvão. Quando colocado na água, o material absorve todo tipo de impurezas, incluindo dejetos de antibióticos e hormônios.
“A principal vantagem dele é o menor custo – tanto de produção, por se tratar de material que normalmente é tratado como rejeito, lixo – e a facilidade de retirar ele da estação de tratamento pra uma possível reutilização.”, explica o pesquisador Bruno Salarini Peixoto.
A pesquisa sobre a utilização da casca do coco como carvão ativado já está concluída. Agora, o próximo passo será fazer o registro da patente do método de produção desenvolvido na universidade.
“Vamos buscar alguns parceiros, algumas empresas que estejam interessadas numa parceria conosco e conseguir produzir o material em uma quantidade maior pra que a gente possa, então, tentar suprir toda a demanda que nós temos.”, conta Marcela de Moraes, coordenadora da pesquisa na UFF.
*Com informações da Agência Brasil
