Walter Delgatti Neto, o hacker da Vaza Jato, depôs à Polícia Federal (PF) nesta 4ª feira (16.ago) sobre a acusação de que invadiu o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e incluiu lá um falso mandado de prisão contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.
Delgatti Neto chegou à sede da PF, em Brasília, por volta de 13h10 e saiu às 17h20. Em entrevista a jornalistas, o advogado do hacker, Ariovaldo Moreira, disse que os investigadores queriam, com a oitiva de hoje, obter alguns esclarecimentos baseado no depoimento que o hacker deu, no âmbito da mesma investigação, em São Paulo, no mês de junho. “Só alguns complementos para que feche bem o depoimento que foi dado lá, do envolvimento de Carla Zambelli”.
O advogado ressaltou que, hoje, o hacker confirmou a versão dada em junho e “produziu mais provas no sentido de que ele está falando a verdade”. Delgatti Neto teria citado aos agentes outras pessoas envolvidas na invasão ao sistema do CNJ. Todos os indivíduos seriam do entorno da deputada federal Carla Zambelli.
O advogado acrescentou que Delgatti Neto apresentou à PF prova de que ele recebeu próximo de R$ 40 mil de Zambelli para invadir qualquer sistema do Judiciário.
Nesta 5ª feira (17.ago), o hacker prestará depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. O advogado diz que ainda nao decidiu com ele se permanecerá em silêncio. Entretanto, pediu um habeas corpus para ter o direito garantido, no caso de ele desejar fazê-lo.
Fonte: SBT News
