Política

Senado inaugura obra de arte criada a partir de destroços da invasão ao Congresso em 8 de janeiro de 2023

O Senado Federal inaugurou, nesta quarta-feira (7), em seu Salão Azul, uma obra que relembra o 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e vandalizadas. A obra, do artista paulista Vik Muniz, de 62 anos, consiste em um quadro que retrata o Palácio do Congresso Nacional e foi feita a partir de destroços da invasão ao Congresso no ano passado.

Ela passa agora a ficar exposta permanentemente no Salão Azul, tendo sido doada por Muniz ao acervo do Senado. Participaram do evento de inauguração o próprio artista, que é conhecido mundialmente por criar obras de arte a partir de materiais inusitados como chocolate, geleia e sucata; o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e outros parlamentares, como o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (AP).

“Essa imagem para mim nunca representou um espaço. Eu nunca tive uma relação espacial com a Praça dos Três Poderes, ao contrário de muitos de vocês que estão aqui presentes. E ao ver as imagens de 8 de janeiro, o desenrolar daquele dia, aquilo para mim foi como se um símbolo estivesse sendo atacado”, disse Vik Muniz no evento.

Para ele, a função mais importante da arte “é a de criar discussão”. “De gerar às vezes conversas que a gente não teria de uma outra forma. Às vezes são discussões que não são confortáveis, que não são fáceis, mas é isso que a arte faz. E eu fico muito muito feliz de ter essa obra aqui presente num espaço de discussão, num espaço de diálogo. E é um espaço que tem que ser preservado dessa forma”, acrescentou.

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Pacheco, por sua vez, ressaltou que o 8 de janeiro de 2023 “é uma data que deve ser superada, mas jamais pode ser esquecida”. “Naquele dia nós nos deparamos com o ápice daquilo que se vinha construindo no Brasil em termos de intolerância, de insatisfação, de inconformismo e de antidemocracia”.

A doação da obra ao Senado, para Pacheco, foi um “enorme ato” de generosidade, de respeito e de consideração do artista para com o Congresso, o Senado e a democracia brasileira. A obra, pontuou, estará eternizada no Senado “como um símbolo de resistência democrática”.

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