O Ministério da Saúde decidiu por manter a incorporação da combinação dos medicamentos nirmatrelvir e ritonavir para o tratamento da Covid-19. A conclusão foi divulgada, na quinta-feira (7), no Diário Oficial da União, em portaria assinada pelo secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, Carlos Gadelha.
A decisão leva em conta nova análise sobre o impacto orçamentário no Sistema Único de Saúde (SUS) para aquisição do medicamento, que indicou que haveria uma redução de recursos para o sistema público de mais de R$753 milhões em cinco anos. O Ministério da Saúde destaca, no entanto, que o valor está sujeito a mudanças tendo em vista a imprevisibilidade do cenário pandêmico.
A manutenção da decisão de incorporação do nirmatrelvir/ritonavir foi recomendada inicialmente pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), em análise de atualização que observou o cenário atual da pandemia.
O medicamento é indicado para pacientes com Covid-19 leve a moderada, não hospitalizados que apresentam alto risco para agravamento da doença e até cinco dias desde o início dos sintomas. O tratamento busca evitar o agravamento da enfermidade, especialmente em pessoas com fatores de risco e menor resposta vacinal.
A principal medida de prevenção contra formas graves da covid-19 é a vacina. No caso da imunização contra o coronavírus, estão sendo utilizadas também as vacinas bivalentes, que protegem contra o vírus original, a variante Ômicron e suas subvariantes.
É importante lembrar que as vacinas bivalentes e monovalentes são igualmente eficazes e protegem contra a Covid-19. Se cada vez mais pessoas se protegerem por meio da vacinação, o coronavírus perde a capacidade de infectar tantos indivíduos ao mesmo tempo, o que pode tornar a doença cada vez menos frequente.