Diante das tragédias causadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul, o Governo Federal adiou o Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido como Enem dos Concursos em todo o país.
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A posição do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos vem em meio aos pedidos do governo do Rio Grande do Sul para a prova ser adiada. A demanda foi divulgada pela situação emergencial ligada às chuvas no estado, que interferem na participação de gaúchos. Ao todo, 96,5 mil candidatos se inscreveram para fazer o exame.
Na quinta-feira (2), o Ministério da Gestão anunciou que a data do certame seria mantida e nesta sexta ainda soltou um comunicado informando que o governo iria ressarcir os participantes que não conseguissem fazer a prova.
A decisão dividiu ministros por conta dos custos de adiamento da medida, em torno de R$ 50 milhões, e por questões de segurança jurídica. Na manhã desta sexta-feira (3), o ministro Paulo Pimenta já havia sinalizado que a posição de manter a data da prova poderia ser revista após reuniões no Palácio do Planalto ao longo do dia.
Um dos maiores pontos de divergência para o adiamento estava na ausência de um banco de questões que concursos tradicionais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), possuem, o que impossibilitaria o adiamento da prova apenas no Rio Grande do Sul.
Um adiamento apenas no estado aumentaria o risco de judicialização, pois o grau de dificuldade das questões poderia variar, aumentando a possibilidade de uma prova ficar ‘mais fácil’ ou ‘mais difícil’ que a outra.
No fim, prevaleceu a questão humanitária e também política a favor do adiamento. O governo Lula estava sendo alvo de um bombardeio nas redes sociais, sendo taxado como “insensível” à tragédia no Rio Grande do Sul.
Com informações do SBT News
