O terceiro dia do júri do Caso Gabriel iniciou às 9h05 desta quinta-feira (4), com o interrogatório do réu Bertoni Vieira Alves. Na sequência, os réus Anderson Adjan Barbosa de Souza e Valdemi Almeida de Andrade também devem ser ouvidos. Paullinelle Sidney Campos Silva foi interrogado na noite da quarta-feira (3). Após o interrogatório dos acusados, está prevista a fase de debates entre acusação e defesa.
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Questionado pelo Juiz Marcos Sampaio, o PM Bertoni Vieira Alves disse que a família dele foi duramente atingida, com o que ele chamou de inquérito desastroso. Ainda segundo Bertone, o filho mais velho dele teve depressão, a filha mais nova sequer sabia que o pai tinha sido preso, a esposa dele tem sofrido bastante e toda a família teve que se mudar de Parnamirim, sob ameaça de ter a casa queimada por uma facção criminosa. O PM disse ainda que teve os direitos cerceados durante o período em que esteve preso.
O depoimento foi acompanhado em sua grande parte pela mãe de Giovane Gabriel, jovem morto e que cuja acusação cai sobre os militares.
Na tarde desta quinta-feira, após a pausa para o almoço, iniciou-se a fase de debates em plenário entre a acusação e defesa. O Ministério Público iniciou os debates e será seguido pela defesa dos réus.
Essa fase é o momento em que as partes apresentarão suas teses e argumentos, com o intuito de influenciar na formação da convicção dos jurados. Neste julgamento, cada parte terá duas horas e meia para pronunciamento. Após os debates, a acusação tem a faculdade da réplica, com até duas horas de fala. Caso a utilize, abrirá espaço para que a defesa apresente sua tréplica, também com até duas horas de duração.
A Sessão do Júri do processo relacionado ao Caso Gabriel acontece no Fórum Municipal de Parnamirim desde a terça-feira (2) e deve durar até a sexta-feira (5). O caso está sendo julgado pela 1ª Vara Criminal de Parnamirim.
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