A Autoridade da Concorrência da Itália abriu uma investigação, na quarta-feira (17), contra os grupos de moda de luxo Dior e Armani por possíveis condutas ilícitas na promoção e venda de artigos, violando as regras do Código do Consumidor. Segundo a entidade, há indícios de exploração de trabalhadores e declarações falsas sobre os produtos, o que levanta sérias preocupações.
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Em relação aos trabalhadores, o órgão apontou para cargas horárias exaustivas e violações de saúde e segurança, contrariando os níveis de excelência produtiva alegados pelas empresas. Já sobre os artigos de luxo, as marcas enfatizam o artesanato, enquanto há indícios do uso de suprimentos laboratórios e da dependência de fábricas que empregavam trabalhadores com salários inadequados.
“Em ambos os casos, as empresas podem ter apresentado declarações éticas e de responsabilidade social falsas, em particular no que diz respeito às condições de trabalho e ao cumprimento da lei nos seus fornecedores”, disseram funcionários da Autoridade da Concorrência, que inspecionaram as sedes das empresas na Itália. Em comunicado, as empresas negaram as irregularidades e afirmaram que irão cooperar com as investigações. O grupo Armani declarou acreditar que “as alegações não têm mérito”, e a Dior condenou veementemente “os atos contrários aos seus valores”.