A mãe e o pasrasto acusados de matar a menina Isabelly de Freitas, em março deste ano, vão a júri popular. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) confirmou a informação nesta sexta-feira (20) e informou que a ação penal já foi encaminhada para ser julgada pelo Tribunal do Júri.
Daniela Sehnen Blum e Marcelo Luciano Gomes serão julgados por homicídio qualificado por motivo torpe, com emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e com o agravante do crime ter sido cometido contra menor de 14 anos (Lei Henry Borel). Eles também foram denunciados pelos crimes de ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.
Isabelly, de apenas 3 anos, foi morta em 4 de março de 2024, na casa onde a família morava, no bairro Rio Morto, em Indaial (SC). Pouco mais de quatro horas depois do crime, o casal teria transportado o corpo da criança em uma mala e enterrado a menina em uma cova rasa.
No mesmo dia do crime, a mãe e o padrasto registraram falsamente um boletim de ocorrência pelo desaparecimento da criança. Daniela e Marcelo foram presos durante depoimento na sede da Polícia Civil, dois dias depois, após o delegado perceber inconsistências na história contada por eles. Eles confessaram o crime.
Segundo o Ministério Público, o crime teria ocorrido porque, supostamente, o casal reagiu de forma violenta ao fato de Isabelly não querer comer e ter indicado que iria chorar. A mãe e o padrasto teriam passado a agredi-la, desferindo golpes por todo o corpo dela, com maior concentração na região da cabeça, o que provocou a morte da criança por traumatismo cranioencefálico, segundo o laudo pericial.