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Mães solo enfrentam barreiras para garantir direitos básicos

Fonte: Freepik

O número de mães solo cresceu no Brasil, mas o suporte jurídico e social para essas mulheres ainda é insuficiente. Questões como pensão alimentícia, guarda dos filhos e visitas levam meses ou até anos para serem resolvidas, e, muitas vezes, os valores fixados não cobrem sequer os custos básicos da criança.

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Além disso, a realidade de milhares de brasileiras mostra que o acesso à Justiça continua desigual. Conforme explica a advogada Sueli Amoedo, liderança jurídica nacional do projeto Justiceiras, em muitos municípios não há sequer Defensoria Pública. “As mulheres acordam de madrugada para tentar uma senha. Ficam horas em filas, e mesmo assim não conseguem atendimento. Isso desestimula e impede o início de ações judiciais”, destaca.

Mães solo: desinformação, abandono e luta diária

Em contraste com a lentidão do sistema, a vida segue exigindo respostas rápidas. Cibele, mãe solo, cogitou desistir do processo de pensão devido ao desgaste emocional. Só após procurar o Justiceiras descobriu que o juiz poderia ter concedido alimentos provisórios no início do processo.

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Ela também relatou o abandono por parte do pai da criança. “Quando preciso de ajuda, é sempre minha mãe quem está ali. Do pai, não recebo apoio algum”, contou.

Dados do Censo 2022 do IBGE confirmam esse cenário: o percentual de mulheres responsáveis por domicílios subiu para 49,1%. Em 10 estados brasileiros, esse índice ultrapassa os 50%, especialmente no Nordeste. O crescimento das famílias monoparentais, que representam 16,5% dos lares, evidencia ainda mais a carga que essas mulheres carregam sozinhas.

Políticas públicas precisam ouvir as mães

Segundo Sueli Amoedo, é urgente pensar políticas públicas integradas. “Creches e escolas em tempo integral são prioridade. Também precisamos garantir saúde mental, transferência de renda e acesso à Justiça. Sem isso, essas mulheres continuarão sobrecarregadas e desamparadas.”

Como resultado, muitas mães desistem de buscar seus direitos por esgotamento. Em suma, a escuta real das mães solo deve guiar a construção de soluções duradouras.

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